Giuseppe Camilo Sevegnani nasceu aos 3 de julho de 1873 em Albiano (Tirol, Áustria-Hungria) imigrando com seus pais Pietro Sevegnani e Domenica Antonio Ravanelli para o Brasil. Aportou no Rio de Janeiro no dia 2 de janeiro de 1877, com três anos e meio de idade, abordo do navio Ville de Santos. Sua família se estabeleceu no lote nº43, localizado na comunidade de Rodeio 50.
Aos 20 anos de idade, casou-se com Anna Maria Fruet, filha do capelão Valentino Fruet, no dia 7 de outubro de 1893 em Rodeio. Para constituir nova família, adquiriu o lote nº 11 na localidade de Ribeirão do Salto (Fúria), onde nasceram seus 12 filhos: Joaquim, Carolina Angelica, Valentin, Serafin, Maria, Saverio, Cecilia, Emília, Honorato, Agnese, Adelia e Massimino. Boa parte de seus filhos contribuíram na colonização de áreas como Rio do Sul, Rio do Oeste e Doutor Pedrinho.
Além do trabalho agrícola, Giuseppe Sevegnani se dedicou por muitos anos a carreira de professor (maestro), atuando nas escolas paroquiais de São Virgílio (Rodeio 50) e Santo Antônio (Rodeio 12). Segundo relato do colonizador Luiz Bertoli, responsável pela colonização de grande parte do Alto Vale do Itajaí, Giuseppe Sevegnani se disponibilizou a dar aulas para vários pais de família (uma espécie de EJA da época), sendo importante na formação complementar do empresário. Há relatos de que Sevegnani, diferente da maioria dos professores da época, não era adepto do castigo físico aos alunos, muito embora isso não diminuísse suas qualidades docentes. Em 1909 foi presidente e um dos fundadores da Liga Austro-Brasileira de Rodeio, criada para angariar fundos junto ao Consulado Austríaco, mas que acabou tendo pouco progresso.
Enviuvou aos 53 anos, vivendo em sua propriedade até seus últimos anos. Nos seus últimos dias viveu em Rio do Oeste com os familiares, onde veio a falecer no dia 18 de dezembro de 1946 aos 73 anos de idade.
