Antonio Stolf nasceu no dia 8 de janeiro de 1854 às duas horas da madrugada em Fornace (Tirol, Áustria-Hungria), filho de Antonio Stolf e Madalena Stolf. Cabe mencionar que apesar do mesmo sobrenome de nascença, não existe evidências de que o casal eram parentes diretos, inclusive a cidade de origem dos dois era diferente, já que Antonio era de Fornace e Madalena de Piné. Antonio Stolf Filho foi batizado no mesmo dia pelo Pe. José Arneti, sendo padrinhos Pedro e Maria Stolf. Emigrou para o Brasil com seus pais (Antonio e Madalena Stolf) aos 21 anos de idade, chegando em Rodeio em 1875, onde povoaram o lote 52. Após se casar com Celestina Tomelin, também nascida em Fornace, em 6 de maio de 1876, passaram a residir no lote 45. O casal teve 12 filhos:
- Lorenzo (1877): casou em 1901 com Virgínia Maiola, tiveram 8 filhos.
- Ana (1879): casou-se em Rodeio em 1898 com Manuel Filippi, acabou mudando-se para Ascurra, onde teve 6 filhos.
- Celestino (1880): casou-se com Domenica Girardi em 1907, com quem teve 9 filhos.
- Ermínio (1882): casou-se em 1909 com Josefina Cristofolini, com quem teve 11 filhos.
- Angelo Giuseppe (1883): casou-se com Emília Anesi em 1907, com quem teve 9 filhos.
- Rosália (1885): casou-se em Rio dos Cedros, com Francisco Gonzatti, tiveram 6 filhos.
- Oliva (1888): casou-se com Domingos Cristofolini em 1908, com quem teve 6 filhos.
- Maria (1888): irmã gêmea de Oliva, casou-se em 1912 com Cyrilo Luís Girardi, que estava viúvo de Tereza Cristofolini. O casal teve 8 filhos.
- Luzina Maria (1889): faleceu ainda pequena.
- Rosina (1890): casou-se com José Cristofolini em 1910, com quem teve 4 filhos.
- Luiz (1891): casou-se com Virgínia Cristofolini, com quem teve 8 filhos.
- Fortunato (1894): casou-se Leonilda Sardagna, com quem teve 4 filhos, recebeu o nome de seu tio e padrinho, Fortunato Stolf.
Sempre viveu em São Virgílio (Rodeio 50), dedicando-se à agricultura. Além do plantio de cereais, criava animais e aves para o uso doméstico. Em seu tempo, o arroz era batido com os cavalos. Quando sua família cresceu, Antônio começou também a plantar cana, montando um engenho de açúcar e alambique para produzir cachaça. Vendia o açúcar a três vinténs ao quilo, a pinga a cinco vinténs ao litro e também vendia melado. Faleceu em 20 de dezembro de 1930, seus restos mortais repousam no cemitério do Rodeio 50.
Antonio Stolf se transformou no protagonista (personagem principal) da peça de teatro “Viaggio sol de andata” (Viagem só de ida), que foi apresentado pelo grupo teatral de Fornace chamado de Filodrammatica San Martino, sendo apresentada em Rodeio em agosto de 2017. A peça conta a história de Antonio Stolf e de demais familiares “fornasi” que partiram do Trentino para empreender uma nova vida no Brasil. Até hoje a família Stolf é uma das mais tradicionais do município de Rodeio, especialmente nas localidades de Rodeio 12, Rodeio 32 e Rodeio 50, este último, onde tudo começou. Desde 1993 existe uma festa em homenagem aos descendentes de Antonio Stolf, que teve com um dos principais idealizadores o Pe. Dionysio Destéfani (autor de um livro genealógico sobre os Stolf e os Destéfani), que foi secretário geral da língua portuguesa no Vaticano. Essa aproximação da família Stolf com seu passado foi de grande importância para a formalização do Pacto de Amizade entre os municípios de Rodeio e Fornace em 2017.
