Silvio Scoz nasceu em 10 de setembro de 1891 em Rodeio, sendo filho dos imigrantes Giovanni Battista Cristoforo Scoz e Anna Virginia Nicolini naturais de Cognola (Trento, Áustria-Hungria).
Seu papel de liderança dentro da comunidade de Rodeio se desencadeou ainda muito cedo, trabalhando como responsável dos Correios, buscando as correspondências da população em Indaial e distribuindo aos destinatários. Foi assim que conheceu sua esposa, Helena Koprowski, que posteriormente se tornaria na primeira agente de Correios e Telégrafos de Rodeio. Casou-se com Helena aos 26 de fevereiro de 1913.
Scoz foi também o primeiro escrivão do Cartório de Rodeio, criado em 1919, onde trabalhou interinamente por cinco anos, até o titular José Ferreira da Silva assumir o posto. Posteriormente, o cargo foi ocupado pelo seu genro Alfredo Dalfovo e na sequência por seu filho Walmor Victor Scoz.
A atuação política de Silvio Scoz é sem dúvida seu maior legado. Vivendo em uma época em que todos os municípios do Vale do Itajaí ainda pertenciam a Blumenau, foi eleito vereador por este município nos pleitos realizados em 1918 e 1930. Em 1935 foi nomeado prefeito interino do recém-criado município de Timbó, ocupando o cargo por um ano. Ao término de seu mandato interino concorreu ao cargo de prefeito por sufrágio universal, sendo derrotado por apenas 73 votos pelo candidato Carlos Brandes.
A vitória de Brandes desagradou não apenas a Scoz e seus eleitores, mas também ao próprio governador Nereu Ramos, que temia um avanço das forças integralistas em Santa Catarina, que possuíam ideais perigosos e similares ao Nazismo Alemão. Scoz era membro do Partido Liberal Catarinense, mesmo do governador, e amigo pessoal de Nereu Ramos. Essa proximidade colaborou para que o governo do estado declara-se o desmembramento de Rodeio em relação a Timbó, levando consigo os territórios de Benedito Novo e Doutor Pedrinho. A instalação oficial do novo município se deu em 14 de março de 1937, sendo Silvio Scoz nomeado o primeiro prefeito.
Scoz ocupou o cargo de prefeito durante 10 anos, sendo o chefe do executivo responsável pela implementação das primeiras políticas públicas da cidade. Renunciou ao cargo em 1947, sendo sucedido interinamente por Joaquim Rigo. Depois disso, ajudou a fundar o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em Rodeio, mesmo partido do presidente Vargas, por onde seria candidato a vereador em 1950 e 1954, sendo eleito nessa última. Já nas eleições de 1958, candidatou-se como vereador pelo Partido Social Democrático (PSD), sendo eleito novamente. Durante sua última gestão no legislativo rodeense (1959-1963) foi presidente da Câmara de Vereadores durante os quatro anos de mandato em respeito à sua trajetória, fato nunca mais repetido por ninguém.
Faleceu em 14 de fevereiro de 1979, aos 87 anos. Desde 1997 existe um busto em sua homenagem na frente da Prefeitura Municipal de Rodeio.
